O estresse de conviver com uma dívida – ou várias – pode comprometer seriamente a concentração do profissional da saúde. Para se livrar deste problema, é preciso ter uma estratégia bem traçada. “Quando não há estratégia e planejamento financeiro, a situação pode ficar ainda pior”, afirma Pedro Braggio, educador e terapeuta financeiro.
Especialistas em finanças mostram como criar um planejamento para quitar as dívidas, não voltar a elas e ficar com a mente em paz.
- Conheça suas dívidas
É preciso entender o tamanho do problema para lidar com ele. “Primeiro, você deve listar o valor da dívida, para quem você deve e qual é o custo dessa dívida, ou seja, a taxa de juros”, ensina Diego Barbieri, professor de finanças do IBE-FGV. Também vale incluir nessa lista desde quando essa dívida está parada.
- Organize suas finanças
“É possível fazer uma priorização de gastos, entendendo em quais frentes a pessoa poderá poupar para, então, saldar suas dívidas. Neste contexto, conhecer seus gastos é essencial”, comenta Juliana Inhasz, professora de economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).
O ideal é não comprometer mais de 30% do seu salário no pagamento de dívidas.
“É claro que você pode fazer ajustes no orçamento, cortando gastos. Também vale usar algum tipo de reserva financeira para quitar a dívida porque, por mais que você tenha um dinheiro aplicado, esse dinheiro está rendendo muito menos do que a dívida está te cobrando. Por isso, se você tem uma aplicação de longo prazo, resgate essa aplicação, quite a dívida e só depois volte a guardar o dinheiro”, ensina Barbieri.
- Comece pelas mais caras
Dívidas com taxas de juros maiores pesam mais no seu bolso. Por isso, na hora de quitar seus débitos, dê preferência para começar por aquelas com maior taxa de juros, como as de cartão de crédito e cheque especial.
- Renegocie
Também é de interesse do credor receber o dinheiro que você está devendo, por isso, ele deve facilitar o pagamento. Aproveite essa disponibilidade. “Nesses casos, a renegociação pode ser feita reduzindo o valor da dívida e negociando parcelas mais atrativas ou, ainda, juros menores. No entanto, o comprometimento ao renegociar uma dívida é fundamental: se for para renegociar, se comprometa com o combinado”, aponta Inhasz. Outra possibilidade é migrar o saldo devedor para um banco que ofereça melhores condições de pagamento, a chamada portabilidade de crédito.
- Troque dívidas caras por dívidas baratas
Quando você tem uma dívida com taxas de juros altas, como cartão de crédito, é interessante adquirir uma outra linha de crédito com menores taxas – como empréstimo consignado. Para que a estratégia funcione, é fundamental observar o Custo Efetivo Total (CET) e tomar cuidado para não voltar a se endividar.