O cigarro é um produto relacionado a diversos males no organismo humano, inclusive vários tipos de câncer, como pulmão, próstata, útero, entre outros. Outra relação foi apontada durante o programa USP no Ar, da Universidade de São Paulo. Durante uma entrevista, a médica Jacqueline Sholz, coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), falou sobre a relação entre o tabaco e a antecipação da menopausa.
Durante a entrevista, a médica explicou que as substâncias presentes no cigarro interferem na produção de estrógeno, hormônio sexual feminino, e ainda ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. A nicotina e o monóxido de carbono são alguns destes componentes.
Para comentar o assunto, o portal Conexão Seguros Unimed convidou o médico ginecologista na Unimed Vitória e professor da Faculdade Unimed, Henrique Zacharias Borges Filho, para comentar o assunto.
“Este hormônio mantém em boas condições o vaso sanguíneo para nutrir de forma adequada o ovário. Esta foi a primeira vez que tive acesso a esta afirmação, por meio da avaliação divulgada no programa. Além da questão hormonal, o cigarro atrapalha a circulação sanguínea, causando a vasoconstrição, que já é um fator preocupante que pode influenciar de diversas formas a saúde da mulher”, explica o médico.

Por ser um hábito que demora a apresentar sintoma nocivos à saúde, muitos usuários demoram para perceber qualquer sinal de alteração na saúde, além do hálito e dentes amarelados. Esta é uma falsa percepção, pois a fumaça atinge diversas áreas do organismo, como afirma Henrique Zacharias.
“O cigarro tem relação com tudo. É bobagem dizer que atingem apenas as vias respiratórias do fumante. As substâncias são absorvidas pelo sangue, vão para a bexiga, intestino, mama entre outras áreas que criam um sério problema no organismo da mulher. E agora com mais esta informação sobre a perda dos hormônios e a menopausa, só aumenta ainda mais o alerta em relação ao tabagismo”.
O médico também afirma que outras substâncias têm relação com alterações hormonais e que é preciso ficar atento para isso.
“Além do tabagismo, que tem diminuído no país, precisamos falar também dos vários tipos de substâncias que podem causar alterações na produção hormonal, como agrotóxicos, drogas e remédios, como antibióticos. Até mesmo a urina pode contaminar o solo e lençóis freáticos deixando vestígios de hormônios que podem chegar à água consumida pela população”, finaliza.
De acordo com dados do governo federal, o número de fumantes no país tem caído. De 1990 a 2015, o número de fumantes diários caiu de 29% para 12% entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. A tendência é de queda, e novos estudos devem ser publicados ainda em 2019.
Para ler e ouvir o programa USP no Ar com mais detalhes sobre o tema, clique aqui.
 
	    	 
		    

















