Janeiro já está batendo na porta com o IPVA, IPTU, despesas escolares e a fatura do cartão de crédito com todas as compras de natal. Todos esses gastos podem assustar à primeira vista, mas é necessário manter a calma e organizar o orçamento para não começar o ano enrolado.
O desconto é a grande vantagem de pagar o IPVA e IPTU à vista. Além disso, você foge dos juros embutidos no parcelamento. “O ideal é que a pessoa veja qual o percentual de desconto no estado onde reside. Esse desconto pode variar de 3% a 30%, então é interessante saber como funciona no estado de interesse”, diz Fernanda Prado, planejadora financeira.
Utilize parte do seu 13° salário para pagar os impostos à vista ou se você tiver algum investimento, considere utilizar o dinheiro. “O governo tem incentivado o pagamento à vista concedendo descontos maiores do que as aplicações financeiras. Se em 2020 seguir o mesmo padrão e você tiver o dinheiro aplicado, valerá a pena resgatar para pagar à vista”, afirma Sérgio Mendes, planejador financeiro e associado da Solution For Life.
Outra opção que vale para começar em 2020, caso você ainda não tenha desenvolvido essa prática, é poupar um valor mensal. “Se o IPVA e o licenciamento custam R$ 900 no ano, basta poupar R$ 75 por mês. Assim, fica mais fácil honrar com todos os compromissos financeiros, inclusive aproveitando o benefício do desconto”, recomenda Prado.
Por outro lado, o parcelamento dos impostos é a opção quando você não tem o dinheiro para pagar à vista, o valor integral vai pesar no bolso ou o orçamento está apertado.
Lembre-se de jamais recorrer ao cheque especial ou cartão de crédito. “Não pague juros para pegar o eventual desconto. Há uma diferença absurda entre os juros do seu dinheiro aplicado e os juros exorbitantes cobrados sobre o seu limite do cheque especial ou cartão de crédito”, alerta Mendes.
Organização financeira
Para evitar o sufoco de início de ano, faça um orçamento com a sua renda mensal e todas as suas despesas, como contas de supermercado, água, luz, telefone, internet, entre outros que são frequentes no mês e também inclua os gastos eventuais, que acontecem em períodos específicos do ano. Dessa forma, você acompanha seus gastos, faz um planejamento para poupar mensalmente e quitar tudo à vista no próximo ano.
“Como a família já sabe quais gastos terá no início do ano, tem condição de se planejar com antecedência. Para o pagamento das despesas imprevistas, é fundamental ter uma reserva de emergência que corresponda a cerca de seis meses de gastos fixos da família”, conclui Prado.