A descoberta vai de encontro a estudos anteriores, que relatavam o aumento das capacidades cognitivas na meia-idade. A diferença se deve a diferenças na metodologia de análise. Pesquisas anteriores não levavam em conta o fator aprendizado, ou seja, não relacionavam a melhora cognitiva observada incialmente ao fato de as mulheres aprenderem, com a prática, como os testes são feitos.
Para diminuir esse desvio, os pesquisadores da UCLA utilizaram para o cálculo das funções cognitivas apenas os resultados a partir da terceira avaliação. A velocidade de processamento cognitivo foi avaliada por meio do Symbol Digit Modalities Test (SDMT), em que as participantes ligam números a símbolos durante um período determinado. A memória verbal episódica foi analisada utilizando o East Boston Memory Test (EBMT), que consiste no relato, imediato e após 10 minutos, de elementos de histórias que ouviram.
Além disso, foi avaliada a memória de trabalho ou de curto prazo. Não houve, contudo, uma redução significativa nessa capacidade entre as participantes ao longo dos anos. O teste utilizado foi o Digit Span Backwards (DSB), em que a participante repete uma sequência de números de um dígito de trás para frente.
Os pesquisadores destacam que novos estudos são necessários para identificar os fatores que influenciam o declínio cognitivo e, futuramente, desenvolver intervenções capazes de desacelerar esse processo.
O artigo completo está disponível no periódico PLOS One.