Nossas vidas estão cada vez mais conectadas à tecnologia, e isso tem mudado a maneira como as organizações de saúde se preparam. Novas soluções trazem benefícios para o médico e, ao mesmo tempo, empoderam o paciente, que tem muito mais acesso a informações sobre o seu próprio cuidado.
Um exemplo disso é a mais recente atualização do aplicativo Apple Health, desenvolvido pela gigante da tecnologia Apple. O app agora permite que seus usuários acessem facilmente suas informações médicas, como resultados de exames e medicamentos prescritos, pelo próprio smartphone.
O novo recurso está em fase de testes e inicialmente só poderá ser utilizado por pacientes dos 12 hospitais americanos envolvidos no projeto, dentre eles, o Cedars-Sinai, em Los Angeles, e o Rush University Medical Center, em Chicago. A expectativa é que, no decorrer deste ano, mais instituições sejam incluídas na lista. Por enquanto, não há previsão de liberação da atualização para pacientes de outras instituições.
Segundo comunicado oficial da marca, o desenvolvimento dessa plataforma foi realizado junto à comunidade médica e tem como principal objetivo fazer com que as pessoas saibam mais sobre a própria saúde de maneira segura e fácil.
Nesse sentido, a novidade se mostra promissora, uma vez que torna mais fácil a vida daqueles que não têm o costume de guardar os resultados de seus exames ou que realizam procedimentos em diferentes instituições médicas e, por isso, têm seus dados espalhados em diversas páginas da web.
Com essa nova atualização, o usuário pode armazenar todas suas informações médicas em um só lugar e, ainda mais interessante, receber os dados mais recentes diretamente dos hospitais e laboratórios. Também ficam disponíveis registros de alergias, vacinas, procedimentos, sinais vitais e condições gerais do paciente.
O aplicativo mantém o layout simples e intuitivo característico da marca e permite que os dados sejam organizados de maneira clara e de fácil acesso e interpretação.
Segurança
Apesar de alguns incidentes envolvendo vazamento de informações de usuários do iPhone, a Apple afirma que não terá acesso ao que for incluído no aplicativo – seja pelo paciente ou pelos hospitais. Os dados serão criptografados e armazenados somente no smartphone e se tornarão visíveis apenas quando for inserida a senha de desbloqueio do aparelho. No entanto, a empresa também se propôs a criar um meio para que os interessados compartilhem suas informações com ela.
Interesse
A atualização do aplicativo mostra o avanço de grandes empresas, incluindo as gigantes de tecnologia, em direção ao mercado da saúde, o qual tende a continuar crescendo no mundo todo. Segundo a CB Insights, empresa de pesquisas, mais de 7 bilhões de dólares foram investidos em Digital Health – como é chamado o campo em que tecnologia e saúde se convergem.
Esse interesse acompanha o investimento anual dos cidadãos com a saúde: nos Estado Unidos, por exemplo, de acordo com o Centro de Serviços Médicos (Centers for Medicare & Medicaid Services), divisão do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (Department of Health and Human Services), instituição ligada ao governo do país, estima-se que os cidadãos gastem mais de 3 bilhões de dólares por ano com cuidados médicos.