É comum que iniciantes no mundo dos investimentos perguntem: “Qual é o melhor investimento?”. A verdade é que essa pergunta varia de acordo com uma série de fatores, que podem ser desvendados se o investidor fizer algumas perguntas para si mesmos. Veja quais são a seguir.
Qual é meu objetivo para este investimento?
Essa é a primeira grande pergunta porque determinará qual é o prazo e liquidez do investimento que você escolherá. Por exemplo, se o seu objetivo for uma viagem daqui a seis meses, precisará procurar aplicações que tenham baixa volatilidade e alta liquidez, como CDBs, Tesouro Selic e alguns fundos de renda fixa.
“Se for pra longo prazo, diante da taxa Selic de 6,5% ao ano, convém buscar fundos multimercado, fundos de ações, que não são adequados para curto prazo, mas têm um potencial de retorno muito maior”, exemplifica Annalisa Dal Zotto, planejadora financeira e sócia da corretora de investimentos Par Mais.
Além disso, investir por investir pode levar a erros, além de ser desestimulante. Com o objetivo em mente, investir será um ato mais prazeroso e consciente.
Em qual corretora irei investir?
Ao investir com essas instituições, você terá um leque maior de opções – e, consequentemente, maior potencial de ganho – em relação ao oferecido pelos bancos. “A corretora é uma instituição financeira que dá acesso aos produtos financeiros. Nesse sentido, ela deve ser idônea, com profissionais que deixem o investidor confortável e que transmita de forma clara no que você está prestes a investir”, diz Robinson Dantas, sócio-fundador da Gorila Invest.
Além de pedir indicações a amigos, você pode buscar opiniões sobre as corretoras na internet. “Por exemplo, se você quiser investir em títulos públicos, você pode escolher a corretora cobre taxas menores ou não as cobre. O site do Tesouro Nacional pode indicar. Se você gosta de fazer operações de ações, via Home Broker, veja qual tem a melhor usabilidade. Se você não quer ser importunado, não busque aquela que têm muitos assessores de investimento”, aconselha Dal Zotto.
Qual é o custo deste investimento?
Você precisa estar atento às taxas e incidência de impostos sobre a aplicação escolhida, visto que elas podem comprometer sua rentabilidade. A taxa mais conhecida é a de administração – em fundos de renda fixa ou de gestão passiva, como ETFs, ela deve ficar em torno de 1%. Outras aplicações podem contar com outras taxas, entre elas de corretagem, custódia, carregamento e emolumentos.
Há, ainda, o Imposto de Renda e, em alguns casos, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Informe-se sobre estes custos e calcule o impacto sobre a rentabilidade para saber se o investimento vale a pena.
Quais são os riscos deste investimento?
Em grosso modo, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno. Porém, isso não significa que todos devam colocar seus dinheiros em aplicações arriscadas, como Bolsa de Valores. Na verdade, a quantidade de risco que você toma está muito relacionada ao seu perfil de investidor – conservador, moderado ou arrojado.
“Investimentos com maior risco podem render mais, no entanto, também há o risco de perder muito. Isso deve ser contemplado no horizonte de investimento, para que não ocorram sustos inesperados”, orienta Dantas.
O cenário econômico é favorável a este investimento?
Até mesmo o que está acontecendo na política nacional impacta – direta ou indiretamente – nos seus investimentos. Por isso, é fundamental acompanhar o noticiário e pedir conselhos a assessores de investimentos para entender este impacto.
“Em um momento econômico ruim, a taxa de juros tende a subir. Neste caso, pode ser mais vantajoso aplicar em renda fixa, que é mais seguro, por exemplo. Se a nossa perspectiva é de crescimento, investimento em ações podem ser bons. É importante pesquisar e estudar para se empoderar financeiramente”, finaliza Dal Zotto.
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