Se traduzirmos literalmente, “asset management” significa “gerenciamento de ativos” – o que dá pistas sobre a atuação dessas empresas no mercado. “Elas se especializam na gestão de recursos de terceiros. Assim, quando um cliente decide contratar esse serviço, ele transfere a gestão de seu patrimônio à empresa”, define a coordenadora dos cursos de graduação em Administração, Processos Gerenciais e Gestão Financeira da Faculdade Fipecafi, Luciana Machado.
Ou seja: em uma asset management, ou asset, como são conhecidas no mercado financeiro, o cliente conta com o apoio dos gestores para fazer a administração dos seus investimentos. Essa atividade é regulada e supervisionada pela Comissão de Valores (CVM) e, no segmento de seguros, pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). “A empresa deve fornecer ao cliente garantias sobre retornos positivos de seus investimentos”, diz Carlos Darienzo, economista e professor do curso de Administração da Universidade UNIVERITAS/UNG.
Em um primeiro olhar, essa função pode ser parecida com aquela exercida por uma corretora de investimentos. No entanto, existem diferenças fundamentais entre essas duas instituições financeiras. Entenda a seguir.
Diferenças entre empresas de asset management e corretoras de investimentos
Quando um investidor coloca seus recursos em uma corretora, deve estar preparado para escolher suas próprias aplicações dentro de um certo leque de opções. Já nas empresas de asset management, há uma espécie de transferência de gestão e responsabilidade.

“Então, essa equipe de gestores passaria a prestar um serviço – sempre monitorado e acompanhado pelo investidor – de buscar os melhores índices de rentabilidade. Eles vão fazer todo um estudo para verificar, dentro dos ativos que o investidor possui, quais são os melhores caminhos, podendo, inclusive, reposicionar esses ativos”, explica Pedro Salanek, professor de finanças do ISAE Escola de Negócios.
Também faz parte do trabalho desses gestores diversificar o posicionamento dos ativos. “Essa equipe, ainda, passa a recomendar uma distribuição e realocação mais adequada para esses tipos de investimentos”, completa.
Já nas corretoras de investimento, a decisão sobre onde alocar os recursos fica nas mãos do investidor. “Quando um investidor opta por construir seu próprio portfólio de ações, ele utiliza uma corretora. Caso ele busque auxílio profissional, ele investe em um fundo de uma asset”, resume Anderson Nery, economista, co-founder e CEO da WUZU.
Desta forma, uma das maiores vantagens das asset managers é oferecer suporte completo para quem precisa de ajuda para investir. Com esse acompanhamento, o indivíduo pode, até mesmo, ter um aumento na rentabilidade das suas aplicações.
Outra vantagem está na independência das empresas de asset management em relação aos bancos e, por isso, podem indicar investimentos mais atrativos. “As corretoras, principalmente as subsidiárias de bancos comerciais, poderão forçosamente oferecer produtos relacionados aos bancos a que estão ligadas”, alerta Darienzo.
“Por oferecerem gestão profissional aos ativos do investidor, as empresas de asset management podem ser uma opção interessante para quem está começando a pensar em diversificar seus investimentos e não se sente seguro o suficiente para fazê-lo sozinho, ou mesmo para aqueles que não têm tempo para isso”, finaliza Machado.

















