
O valor do Zolgensma, o remédio mais caro do mundo — R$ 7,6 milhões por dose —, supera o faturamento anual de 82 operadoras e o faturamento mensal de 372 operadoras de saúde em atividade no Brasil. A informação foi compartilhada por Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, durante o “Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência”. A 16ª edição foi promovida pela Associação Internacional de Direito de Seguros (AIDA), nas últimas quinta e sexta (15 e 16), no Rio de Janeiro.
“Esse é apenas um dos 71 novos itens incorporados à lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde. E, para a maioria dos medicamentos relacionados ao tratamento de câncer, não havia qualquer informação sobre ganho em sobrevida. A incorporação indiscriminada de novas tecnologias pode trazer riscos ao sistema de saúde, com elevações dos custos acima da inflação e da capacidade de pagamento das empresas e das pessoas. São recursos sempre escassos para uma demanda infinita”, ressaltou.
Ele foi um dos convidado do painel “Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde: Medicamentos de Alto Custo”, ao lado de Hellen Miyamoto, superintendente de Avaliação de Tecnologia em Saúde e Cobertura da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde); e Fernanda Paes Leme, coordenadora da Graduação em Direito do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). O debate foi intermediado por Milena Fratin, presidente do Grupo Nacional de Trabalho de Seguro Saúde da AIDA.

Sobre o evento
O “Congresso Brasileiro de Direito de Seguro e Previdência” tem o objetivo de fomentar estudos e reflexões sobre a dimensão jurídica dos institutos de seguro, resseguro e previdência privada. Por isso, tem a participação de juristas reconhecidos, em debates que contribuem no desenvolvimento do setor, possibilitando a ampliação e divulgação de conhecimento e, principalmente, na busca da harmonização das relações com o consumidor e na prevenção de conflitos.
	    	
		    

















