
A afirmação foi feita por Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, durante o 26º Simpósio das Unimeds dos Estados de Minas Gerais (Suemg), realizado na última semana, em Tiradentes. Ele integrou a mesa redonda “Além dos limites: Como o Sistema Unimed enfrenta os desafios da saúde suplementar”, onde respondeu sobre visão e perspectivas para reverter o prejuízo operacional sofrido pelo setor em 2022.
“Precisamos fazer com que o princípio do mutualismo seja compreendido por toda a sociedade”, disse. “O que também precisa ficar claro, é que há uma grande confusão sobre as diferenças entre o SUS [Sistema Único de Saúde] e a saúde suplementar. A estrutura legal do SUS é distinta, com alguns princípios constitucionais que se aplicam à saúde suplementar. Temos que rever isso para discutir com a sociedade”, declarou.
Perenidade
Freitas enfatizou as rápidas mudanças ocorridas no mundo, especialmente nos últimos três anos, em decorrência da pandemia de covid-19. Para ele, o Sistema Unimed precisa trabalhar cinco pontos determinantes para assegurar a perenidade da marca: governança sistêmica, esclarecimento sobre o mutualismo, educação, inovação e pessoas.
“A Unimed tem a oportunidade de se destacar como líder na adaptação a essas mudanças, ao abraçar plenamente o cooperativismo, nossa razão primordial de existência. Não se trata apenas de um modelo de negócios, mas sim de um compromisso com a cooperação, solidariedade e o cuidado com todos os clientes Unimed”, afirmou.
Sinistralidade X Estratégia
Por fim, ao abordar o tema sinistralidade, Helton Freitas reforçou a importância de se alcançar um diagnóstico correto — avaliar se o problema é o sinistro ou o valor do ticket médio. Dessa forma, disse, a Cooperativa poderá trabalhar assertivamente na melhor estratégia para solucionar a questão. Ele, inclusive, citou o exemplo da Faculdade Unimed, onde também ocupa a presidência.
“Preciso saber se estou com problema de sinistralidade, porque o meu sinistro está muito alto, ou porque estou arrecadando um valor per capita baixo. Tendo esse diagnóstico, posso tomar uma decisão. Há ferramentas e mecanismos para o controle de preço. O maior investimento da Faculdade Unimed, no último ano, foi exatamente no algoritmo de controle de contas médicas, para detectar esse problema”, concluiu.
A Seguros Unimed, inclusive, implantou a tecnologia há cinco anos, em parceria com a instituição de ensino superior da marca. Chamado de Classificação de Informações Gerais (CIG), o sistema também foi citado por Luís Fernando Rolim, diretor de Provimento da Companhia, durante o debate “Estratégias de Gestão de Custos Assistenciais na saúde suplementar”, promovido no segundo dia do encontro mineiro.
Casas Nacionais
Além de Helton Freitas, a mesa do primeiro dia teve a participação dos demais presidentes das Casas Nacionais: Omar Abujamra Junior (Unimed do Brasil), Luiz Paulo Tostes (Unimed Nacional) e Adelson Chagas (Unimed Participações). A moderação foi feita por Luiz Otávio de Andrade, presidente da Unimed Federação Minas, anfitrião do evento. Todos, inclusive, estiveram na abertura promovida na noite anterior.


















