O resumo de um artigo científico divulgado na 32ª Reunião Anual da Associated Professional Sleep Societies LLC (APSS), em junho deste ano, mostra resultados preliminares da associação entre o tempo gasto diante de telas – sejam elas de celulares, tablets, vídeos games – diariamente com os sintomas de insônia e menor duração do sono entre adolescentes. Os dados completos ainda não foram disponibilizados, mas as informações preliminares alertam sobre o uso excessivo destes dispositivos e as consequências na saúde mental dos adolescentes.
O estudo foi conduzido pelo pesquisador de pós-doutorado Xian Stella Li, PhD; com a colaboração de Lauren Hale, PhD, da Universidade Stony Brook; dos pesquisadores Orfeu Buxton, PhD, Soomi Lee, PhD e Anne-Marie Chang, PhD, da Penn State University; e de Lawrence Berger, PhD, da Universidade de Wisconsin-Madison.
A análise incluiu dados de 2.865 adolescentes que fazem parte do banco de dados da Fragile Families and Child Wellbeing Study, um estudo de coorte que envolve jovens americanos, nascidos entre 1998 e 2000, que possuem alguma fragilidade familiar, social ou financeira em relação aos demais grupos populacionais.
Os participantes tinham idade média de 15,6 anos e 51% eram do sexo masculino. As pesquisas incluíram algumas características do sono, como sintomas relacionados a insônia (problemas em adormecer, problemas em permanecer dormindo), a sua duração habitual durante a semana e sintomas depressivos.
Adolescentes relataram o tempo diário gasto (em horas) em quatro atividades baseadas na tela (mensagens sociais, navegação na web, TV / filmes e jogos). Os resultados mostraram que as taxas mais altas de sintomas depressivos entre adolescentes podem ser parcialmente explicadas pelo uso onipresente destas atividades que interferem no sono restaurador de alta qualidade.
Com este resultado, os estudiosos sugerem que os pais, educadores e profissionais de saúde reconsiderem a educação dos adolescentes e a regulação do seu tempo de tela, como uma forma possível de intervenção para melhorar a saúde do sono e reduzir a depressão. Estas estratégias podem ser discutidas em família ou com o auxílio de profissionais da área da saúde.
A pesquisa caminha para descobrir se estes sintomas persistem influenciando a saúde mental destes jovens na transição para a fase adulta, principalmente pelo uso frequente da tela associado às mídias sociais. Para ter acesso ao resumo do artigo acesse o link.
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