Cartão de crédito, consignado, financiamento, cheque especial… Não são poucas as opções de crédito à disposição do consumidor. Se usado com cautela, o crédito pode ajudá-lo a conquistar os seus sonhos. Quando tomado sem a devida avaliação, entretanto, ele pode se tornar uma grande dor de cabeça.
Com as taxas de juros mais altas do mundo e um cenário de crise econômica no País, é preciso redobrar o cuidado antes de decidir tomar algum tipo de crédito. “A situação econômica fez cair a capacidade de pagamento da população. Mas podemos dizer que o brasileiro está fazendo a ‘lição de casa’: a inadimplência, hoje, está mais ligada à própria perda de renda que à tomada de novos créditos”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC.
Confira, então, tudo o que você deve avaliar antes de tomar crédito, para usar essa opção a seu favor.
Conheça a sua capacidade de pagamento
“Dizer que usa o crédito de forma consciente é dizer, principalmente, que a pessoa está usando essa opção dentro da sua capacidade de pagamento”, explica Calife. Antes de mais nada, portanto, é preciso que o consumidor organize o seu orçamento doméstico, com todas as suas receitas e despesas previstas.
Não basta olhar para o seu próprio orçamento para saber se uma opção de crédito vale a pena, mas esse é o primeiro passo para que você saiba quanto dinheiro tem disponível para comprometer naquele pagamento e evite problemas.
Tenha um objetivo
Outro ponto fundamental na hora de tomar essa decisão é saber o motivo de querer o crédito. “Tudo que consumimos sem necessidade é um problema. Cabe a nós controlar a nossa emoção e só tomar um empréstimo em real caso de necessidade”, afirma Roberto Navarro, especialista em educação financeira e CEO do Instituto Coaching Financeiro.
Maiores ou menores, sempre existirão juros embutidos na tomada de crédito, por isso, é fundamental considerar todas as outras opções: analisar se você tem dinheiro para pagar à vista, se poderia cortar gastos ou vender algum bem para fazer aquele pagamento.
Pesquise as opções disponíveis no mercado
Além disso, não basta olhar apenas para a instituição financeira da qual você é cliente, é preciso correr o mercado em busca das melhores condições de crédito. É fundamental também conhecer e entender as modalidades disponíveis. “Financiamento não é diferente de nenhum outro produto: é preciso pesquisar as opções existentes. É preciso ver o que é oferecido em vários bancos e também nas cooperativas de crédito, que costumam trazer taxas mais atrativas”, afirma Navarro.
Entenda o crédito que está tomando
São diversos os pontos a serem observados na hora de tomar crédito. Um dos mais importantes é o Custo Efetivo Total (CET), que consolida todas as taxas na operação. Essa informação é fundamental para que você entenda exatamente quanto está pagando por aquele crédito.
Além disso, para evitar surpresas, os especialistas indicam que é importante verificar fatores como: se as parcelas são fixas ou se estão sujeitas a algum tipo de reajuste, se há algum saldo a ser pago no final das parcelas e quais serão as datas dos pagamentos – importante aqui tentar combinar o dia com o recebimento do seu salário.
Fuja dos juros mais altos
Por fim, é sempre importante fugir daquelas modalidades de fácil acesso e com grandes taxas de juros, como o cartão de crédito e o cheque especial. “O cartão de crédito pode ser um grande aliado, mas o pagamento da fatura deve ser sempre integral. Já o uso do cheque especial é válido em caráter emergencial, apenas por alguns dias. O grande problema é quando ele passa a ser visto como parte da renda”, explica Calife. Da mesma maneira, modalidades que envolvem dívidas grandes e longas, como um financiamento imobiliário, devem ser vistas com muita cautela.
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